quinta-feira, 25 de março de 2010

Para mim o tempo parou... Não sei mais que fazer, estou confusa e chateada comigo mesma e com tudo o que me rodeia... Sei que não posso ser assim, mas não o consigo evitar.
Sinto-me cada vez mais débil, como se me estivesse a disfazer por dentro muito lentamente. Parece que já nada faz sentido, aquilo que faço agora, é referido mais tarde por mim por algo feito em vão.
Não consigo continuar neste mundo em que o tempo não anda, não consigo regressar ao mundo em que tudo acontece e não consigo entrar no tão desejado mundo perfeito.
Os meus pensamentos bloquearam e os meus sentimentos, a vaguear me deixaram. Mas mesmo assim encontro dentro de mim, para além de solidão, desgosto e um vazio, encontro também tamanhos desejos que impossíveis são de realizar. São desejos fortes, são algo que eu muito quero, mas ainda assim continuo a vaguear como se nada fosse. Não posso lutar por algo impossível, não faz sentido é como tentar obter algo que nem sequer existe.
O que mais quero é sair deste mundo onde o tempo não anda, mas aqui, de nada me vale a minha vontade.

Neste momento, não sei como, deixei de repente de vaguear, consegui parar e pensar por pouco, pensei em tudo o que me aconteceu no passado e no que me poderá vir a acontecer, mas de nada me valeu pois assim que pensei no meu futuro voltei a vaguear e os meus pensamentos deixaram de fluir.
Sempre que tento pensar em algo, há qualquer coisa dentro de mim que desperta, mas não sei bem o quê. Sinto um pequeno arrepio na espinha, a cabeça dói-me e a minha barriga borbulha, isto tudo de uma só vez é confuso, não esquecendo também que há algo bem mais lá no interior que acelera e me dói; não sei bem ao certo o que é, pois sinto-me débil e não me atrevo a pensar, pos se o fizer sinto que posso ficar por ali e não consigo chegar ao meu tão desejado mundo perfeito.

Agora sinto-me cansada, pesada, muito pesada e não sei porquê, mas ainda cansada e pesada continuo a vaguear. Não consigo deixar de vaguear, mas ainda assim, fecho os olhos e deixo-me levar; com isto entro num mundo imaginário onde ainda me sinto débil, mas um pouco desejada.
Gosto daquilo que vejo neste mundo imaginário, por isso deixo-me ficar por mais algum tempo e desejo não sair de lá.



Adriana escreveu. [30/01/2009]

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